Vivia em uma periferia de São Paulo (em um barraco na favela, melhor dizendo) um pobre marceneiro chamado José da Silva, que era mais conhecido como Zé da Madeira.
Zé da madeira era viuvo, sua mulher Ana, havia morrido quando Maria nasceu, desde então ele vivia com Cida sua nova mulher e seus dois filhos João e Maria.
Até certo tempo tudo ocorria muito bem com a familia, mais ao passar dos anos João e Maria começaram a aprontar bastante, e isso começou a preocupar o pai deles.Os pivetes ficavam na rua o dia todo xingando os vizinhos com palavrões, brigando por pipa, matando aula pra ficar na lan house e aprontando varias outras façanhas.
Já cansado de ouvir advertencias dos vizinhos pelas péssimas brincadeiras dos filhos, também já cansado de ser desobedecido por eles, Zé toma uma atitude drastica, conversa com a esposa a respeito do castigo escolhido para os filhos e logo após a aprovação da mulher resolve por imediatamente em pratica (na verdade ele se arrepende depois da decisão, mais dai não tem mais como voltar atras ).
Ele resolvera junto com a esposa levar os garotos a um lugar muito distante (tipo onde Judas perdeu as roupas, ou até mesmo lá na PQP), com o argumento de ir comprar doces para vender no farol, já que Zé tinha perdido o emprego, e chegando lá eles dois, Zé e Cida, dispistariam os garotos, os deixando na doceria sozinhos.
E assim os fizeram, foram de onibus ao local, como a cidade era bem pequena, foi facil achar a unica doceria que havia ali.O plano de Zé estava indo perfeitamente, só não sabia ele que João e Maria já sabiam de tudo.
Entrando na doceria, os garotos ficaram tão encantados com as guloseimas que nem perceberam quando o pai deu-lhes R$5,00 para comprarem alguns doces e saiu junto com a esposa.
Os garotos deslumbrados, pegaram muitos doces e foram pagar no caixa, mais havia um problema, aquele dinheiro que eles tinham em mão, não era o suficiente para pagar todas aquelas guloseimas, então Maria tomou a iniciativa e começou a contar a sua historia, tentando tocar o vendedor dono da loja:
"Moço ajuda a gente, somos de familia muito pobre, e nossa mãe tem cancer, viemos a essa cidade a procura de emprego junto com nosso pai, mais nos perdemos dele, estamos sem comida e sem lugar para ficar."
João se surpreendeu ao ver pela primeira vez a irmã tomar a iniciativa em alguma coisa.Mas ele que não era burro nem nada, estava um pouco desconfiado do velho dono da loja, ele olhava de um jeito bem estranho para Maria, parecia querer come-la com os olhos (literalmente). Então puxou a irmã e perguntou:
"O que é que voce esta fazendo?"
"Ué estou fazendo o que voce me disse, enganando trouxas."
"A menina ainda é bem novinha, mais ja tem umas pernas grossas, se espremesse bem daria um bom caldo.Já o garoto é bem interessante".
Interrompendo a conversa dos garotos, ele disse que enquanto eles não achassem lugar para ficar, podiam ficar na casa dele e comer lá também de graça.
João achou essa história bem suspeita mais concordou.
Enquanto Maria estava sentada no colo do homem (ele fazia questão que ela sentasse no colo dele) o vendo mexer no caixa, o garoto começou a mexer em algumas coisas que estavam ali perto, e então achou um celular (que com certeza era do dono da loja), o garoto disfarçadamente pegou o aparelho e o enfiou dentro do bolso sem que ninguem percebesse.
Passado algumas horas, o homem fechou a loja e levou as crianças para a sua casa. Chegando lá o velho sentiu a falta do seu celular e voltou a loja para pega-lo, deixando os novos hospedes em sua casa.
Sozinhos João e Maria começaram a reinar naquela casa tão grande e luxuosa, então Maria encontrou um album de fotos com umas fotos bem estranhas de crianças "brincando" um tipo de brincadeira diferente.Chamou João para mostrar o que tinha encontrado, quando o garoto viu as fotos, concluiu as suas suspeitas.
Não demorou muito para o velho chegar, quando chegou fez um refresco para eles , João se recusou a tomar, inventando uma desculpa de que só tomava com canudinho, então o dono da loja voltou a cozinha para pegar o que o menino queria, enquanto isso João trocou os copos, colocou o seu no lugar do velho.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem a vontade :)